MotoGP cogita adotar botão para que pilotos votem em paralisação com bandeira vermelha

Durante o fim de semana do GP da Austrália, Luca Marini revelou que o Mundial de Motovelocidade debate a possibilidade de introduzir nas motos um recurso para que os pilotos possam se comunicar com a direção de prova e transmitir a sensação deles sobre a necessidade ou não da interrupção de treinos e corridas

Luca Marini revelou que a MotoGP está avaliando a adoção de um sistema que pode permitir a comunicação entre pilotos e direção de prova para que eles transmitam informações sobre a necessidade ou não da paralisação de treinos e corridas em bandeira vermelha. A proposta é acrescentar um botão nas motos para que os competidores apertem caso acreditem que a atividade deva ser interrompida.

O irmão de Valentino Rossi revelou a ideia do chamado ‘botão de bandeira vermelha’ na sexta-feira, quando foi questionado sobre como lidar com os fortes ventos e potenciais quedas em Phillip Island, algo que teve um impacto severo nos primeiros minutos do treino 1 da Moto2.

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Luca Marini avaliou que a o botão de bandeira vermelha seria uma solução política (Foto: VR46)

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“Com um vento como este, ao frear na curva 1, você sai da pista. E, depois da queda, é bandeira vermelha. É difícil. É difícil também tomar essa decisão. Não é um trabalho fácil para eles [direção de prova], pois eles não estão na pista, estão aqui e daqui você não sente o vento”, disse Marini. “Então estamos pedindo a eles, também na Comissão de Segurança, para ter uma espécie de botão que possamos apertar e, talvez se 80% do grid apertar, também na corrida, por exemplo, eles possam ter uma bandeira vermelha. Só para mandarmos mais informação. Pois, se você olha para a corrida da TV, você não vê nada”, seguiu.

Atualmente, quando os pilotos sentem a necessidade de uma bandeira vermelha, a maneira que eles têm para comunicar isso à direção de prova é levantar a mão. Isso aconteceu, por exemplo, na Tailândia, durante a corrida da Moto2. Na visão de Marini, porém, um botão na moto seria uma solução melhor e mais política.

“Acho que agora a tecnologia é muito melhor e, quando você levanta a mão, você só vê três ou quatro caras na frente. Eles podem ter algo em mente para ter uma vantagem para levantar a mão naquele momento”, considerou o filho de Stefania Palma. “Mas quando 80% dos pilotos, até mesmo o último, mesmo o 16º colocado, pressiona um botão e envia uma mensagem de que é uma situação perigosa, está ok, é como uma votação, é como uma situação política. Acho que será mais fácil para eles se pudermos mandar a eles essa informação. É como na F1, mas eles podem falar. [Aqui] é muito difícil falar, mas podemos facilmente apertar um botão, porque fazemos isso a volta toda. Então mais um não é um grande problema. Estamos abertos a outras coisas também, mas essa foi a mais fácil”, completou.

A MotoGP volta na semana que vem com o GP da Malásia, em Sepang, penúltima etapa da temporada 2022. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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