MotoGP reforça código médico e impõe “novas exigências” para liberar volta após lesão

Depois de casos como o de Marc Márquez e Deniz Öncü, a Comissão de GP aprovou mudanças no código médico, que passa a ter novas exigências para liderar volta às pistas em caso de lesão na cabeça e concussão, lesão abdominal, torácicas e musculoesqueléticas. A partir de agora, capacetes também devem ser analisados após quedas

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A Comissão de GP aprovou mudanças no código médico com a introdução de “novas exigências” para liderar o retorno de pilotos à pista após lesões na cabeça ou concussões e de lesões abdominais, torácicas e musculoesqueléticas. O novo código prevê que os médicos recorram a uma terceira opinião antes de determinar se um competidor está ou não apto.

O trabalho dos médicos do Mundial tem sido questionado nos últimos anos por causa de decisões polêmicas, especialmente nos casos de Marc Márquez e Deniz Öncü. O hexacampeão da MotoGP foi liberado para correr menos de um semana depois de operar uma fratura no braço direito, no início da temporada passada. O espanhol sequer conseguiu correr por causa das dores, mas manteve os treinos, acabou danificando a placa de titânio introduzida na operação e precisou passar por um novo procedimento. Essa segunda intervenção, porém, teve complicações, o que exigiu uma nova cirurgia e manteve o piloto afastado das pistas por nove meses.

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Mundial quer analisar capacetes de pilotos que vão ao centro médico após quedas (Foto: Reprodução)

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No caso do jovem turco, o piloto da Tech3 sofreu um acidente durante o terceiro treino livre da Moto3 para o GP de San Marino e da Riviera de Rimini, perdeu a consciência por um longo período, mas acabou liberado para correr no dia seguinte, mês sem sequer ter lembranças do que aconteceu.

Nesta quinta-feira (23), a Comissão de GP, composta por Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, promotora do Mundial; Paul Duparc, da FIM (Federação Internacional de Motociclismo); Hervé Poncharal, representante da IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida); Lin Jarvis e Paolo Ciabatti, representantes de Yamaha e Ducati, respectivamente, na MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas), anunciou mudanças, incluindo a possibilidade de os médicos buscarem uma terceira opinião.

“A Comissão aprovou vários novos regulamentos que dizem respeito a avaliação médica conduzida para permitir o retorno à competição. Especificamente, existem novas exigências em termos de evidências que devem ser consideradas quando revisarmos a recuperação de uma lesão na cabeça e concussão, lesão abdominal, torácica e musculoesqueléticas (como fraturas que requerem cirurgia e fraturas compostas ou complexas)”, diz o texto. “Em caso de dúvida, o Comissário Médico Chefe (CMO), o diretor-médico da MotoGP e o Comissário Médico da FIM podem pedir outras opiniões sobre relatórios e evidências apresentadas para determinar o status de um piloto (apto ou inapto)”, acrescentou.

Outra novidade é a exigência de que os capacetes de pilotos que são levados ao centro médico após um acidente sejam retidos e analisados antes de serem devolvidos. Em caso de concussão, o regulamento prevê um estudo mais detalhado na Universidade de Saragoça, onde fica o laboratório da FIM.

“Os capacetes de pilotos levados ao centro médico para avaliação depois de uma queda devem ser retidos pelo pessoal médico ou pelo comissário médico chefe para controle do diretor-técnico ou do comissário técnico antes de ser devolvido ao piloto ou ao chefe de equipe”, afirma. “Em caso de lesão na cabeça, incluindo concussão ou perda de consciência, a menos que uma disposição específica da lei local diga o contrário, o capacete deve ser enviado ao laboratório da FIM na Universidade de Saragoça para ser analisado por um especialista em uma análise não-destrutiva”, anunciou.

“A fabricante do capacete será notificada em relação aos exames exatos e tem o direito de aprovar ou recusar. Eles poderão estar presentes na análise realizada por este laboratório. Depois da inspeção, o capacete pode ser devolvido ao piloto, equipe ou ao fabricante”, encerrou.

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