Ranking GP: As notas dos pilotos da MotoGP na primeira metade da temporada 2022
As vésperas do reinicio do campeonato, o GRANDE PRÊMIO deu notas para todos os pilotos do grid. Vice-líder do Mundial de Pilotos, Aleix Espargaró ficou com a maior nota, com Franco Morbidelli ocupando a lanterna do boletim da redação
A MotoGP volta às pistas neste fim de semana, após cinco semanas de férias. Antes do reinicio do campeonato, o GRANDE PRÊMIO preparou uma edição extra do Ranking GP, com notas para os pilotos da classe rainha do Mundial de Motovelocidade na primeira metade da temporada 2022.
As notas foram dadas por Eric Calduch, Felipe Leite, Gabriel Curty e Juliana Tesser. Os pilotos foram listados de acordo com o número das motos que utilizam.
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1) Andrea Dovizioso – 3,75
Titular da RNF Yamaha, o italiano voltou à MotoGP no final da temporada passada depois de alguns meses sabáticos. Com apenas dez pontos conquistados na primeira metade de 2022, o veterano faz um campeonato discretíssimo e já decidiu pela aposentadoria.
Depois de bons anos com a Ducati, o reencontro com a Yamaha não saiu como esperado. Andrea não conseguiu se entender com a YZR-M1 e acrescentou a própria biografia um capítulo absolutamente desnecessário.
2) Johann Zarco – 7,3
Dono de quatro pódios em 11 corridas, o francês da Pramac é a melhor Ducati na temporada 2022. Apesar de ainda estar devendo uma vitória, Johann faz um ano sólido e, se é verdade que não se destaca tanto quanto alguns companheiros de marca, tampouco faz lambanças quanto alguns deles insistem em fazer.
3) Stefan Bradl – 3,75
Piloto de testes da Honda, o alemão tem até uma presença um pouco injustiçada neste ranking. Bradl não é exatamente um piloto da ativa, mas tem corrido mais do que esperava graças aos problemas físicos de Marc Márquez. Lamentavelmente, porém, quando a presença dele é requisitada, a performance não tem sido lá essas coisas.
4) Luca Marini – 6,75
Assim como os colegas, o italiano teve um início de ano mais difícil com a GP22, mas, quando todo mundo pegou a mão com a nova Ducati, o piloto da VR46 também começou a engrenar. Luca deu bons sinais de evolução, especialmente quando pôde contar com os conselhos e a orientação do irmão Valentino Rossi nos boxes. E completou todas as corridas.
5) Maverick Viñales – 5,75
No primeiro ano com a Aprilia, o espanhol ainda não está no mesmo nível do companheiro de equipe, mas, pouco a pouco, está conseguindo pegar a mão da RS-GP. Antes de sair de férias, o Top Gun conseguiu o primeiro pódio com a nova equipe e já fala até mesmo em ajudar Aleix Espargaró na briga pelo título.
6) Fabio Quartararo – 8,6
Com três vitórias e outros três pódios, o francês recebeu a segunda maior nota do Ranking GP. Até aqui, Fabio faz uma defesa sólida do título da MotoGP. Mesmo se queixando da forma da YZR-M1, que sofre com déficit de velocidade, Quartararo encontrou uma maneira de minimizar os problemas e hoje tem na consistência o maior trunfo na briga pela taça da classe rainha.
7) Franco Morbidelli – 2,75
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O talento do ítalo-brasileiro certamente não é compatível com a nota, mas a performance apresentada na primeira parte de 2022 também não acompanha a capacidade já demonstrada por ele anteriormente. Nas 11 corridas disputadas neste ano, Franco esteve muito longe de conquistar algo verdadeiramente expressivo e hoje soma apenas 25 pontos, 147 a menos que Quartararo, que tem a mesma moto que ele.
A Yamaha diz manter a fé no trabalho dele e promete cumprir o contrato que assegura a ele um lugar na equipe de fábrica em 2023. Ainda assim, é preciso — com certa urgência — achar a performance perdida por aí.
8) Enea Bastianini – 7,8
O titular da Gresini venceu três vezes no ano, o que certamente justifica uma boa nota, mas os descontos também refletem a irregularidade da performance. Nas corridas em que não venceu, Enea esteve muito longe, o que resultou em 67 pontos de atraso para o líder do campeonato.
Ainda assim, o italiano segue na briga por uma vaga na equipe de fábrica da Ducati, o que promete trazê-lo ligado no retorno das férias da MotoGP.
9) Raúl Fernández – 4,5
O espanhol da Tech3 passa muito longe de fazer uma boa temporada. Ainda mais pela expectativa que se tinha dele. Raúl era o mais bem cotado para ser o novato do ano, mas mal conseguiu pontuar. Somou só quatro pontos em nove corridas e é só 24º no campeonato.
Até agora, ninguém sabe sequer se Fernández terá lugar no grid de 2023. O vice-campeão da Moto2 em 2021 fez pouco, muito pouco, especialmente para alguém que falou tanto no ano passado.
10) Takaaki Nakagami – 4,75
Com só 42 pontos na temporada e o acidente assustador da Catalunha, não tinha como o japonês da LCR Honda sair com um boletim melhorzinho. Takaaki já é um veterano na categoria, mas não vem conseguindo sair do outro lado. Ainda assim, é válido ressaltar que o momento da Honda não é bom, o que também não ajuda na causa dele.
11) Brad Binder – 7,25
Mesmo com um só pódio no ano e ainda sem vitórias, o sul-africano segue a tradição de crescer aos domingos. Brad somou 93 pontos nas primeiras 11 corridas do ano e ocupa a sexta colocação na tabela, de longe a melhor KTM. Se melhorar na classificação, tem chance de subir a média na segunda parte do campeonato.
12) Joan Mir – 6,25
Oitavo na classificação, o espanhol até começou o ano forte, mas é fato que, depois de a Suzuki anunciar a inesperada saída do Mundial, a performance foi abalada. Foram muitos zeros e a falta de consistência cobrou um preço alto: 95 pontos de atraso para o líder do campeonato.
13) Darryn Binder – 4,6
Novato em 2022, o sul-africano ficou quase na média. Afinal, não dava para esperar muito mais dele. Vindo direto da Moto3, era loucura esperar algo muito extraordinário do irmão de Brad.
14) Aleix Espargaró – 9
Vice-líder do Mundial, o catalão é a grande surpresa do ano. Aproveitando uma Aprilia bem afiadinha, Aleix se colocou na briga pelo título, conquistou a primeira vitória da carreira e fez uma primeira parte de temporada muito boa. Pecou aqui e ali, mas foi um dos pilotos mais fortes de 2022 até aqui e levou a maior nota do Ranking GP.
15) Álex Rins – 6,3
Assim como Mir, o espanhol sentiu o baque da inesperada retirada da Suzuki. Antes disso, vinha fazendo uma ótima temporada, inclusive ameaçando na briga pelo título. Teve uma lesão antes das férias que também não ajudou, mas volta à ativa querendo encerrar a história com a marca japonesa de uma maneira mais animadinha.
16) Jack Miller – 6,1
Irregularidade também foi uma marca do ano de Jack. Os pódios até vieram, mas os zeros e fiascos também. Foi uma primeira metade de ano pouco acima da média, mas longe da expectativa para um piloto de fábrica da Ducati.
17) Pol Espargaró – 5
Depois de ir bem na pré-temporada, a performance do caçula dos Espargaró na primeira parte do campeonato é decepcionante. Pol abriu o ano com um terceiro lugar, mas, depois do Catar, viu as coisas irem ladeira abaixo. Hoje, é o 17º na classificação, 132 pontos atrás de Quartararo.
18) Fabio Di Giannantonio – 5,6
Fomos seduzidos pela pole-position na Itália? Talvez. Mas é verdade que o piloto da Gresini não faz um ano de tudo ruim. Na comparação com o companheiro de equipe, não é nada maravilhoso, mas ele cresceu na metade final da primeira parte da 2022.
19) Francesco Bagnaia – 7
As três vitórias certamente puxam a média para cima, mas a primeira parte da temporada não foi de tudo positiva para o italiano da Ducati. Com quatro zeros, Pecco foi irregular demais e é justamente por isso que ele hoje amarga 66 pontos de atraso para Quartararo na liderança do Mundial.
20) Marco Bezzecchi – 6,8
Também novato, o italiano foi de longe o melhor entre os estreantes e desempenhou em uma curva ascendente. Já conseguiu até o primeiro pódio da carreira na MotoGP, conquistado no braço e não ao acaso. Foi um bom início de 2022 para o piloto da VR46.
21) Álex Márquez – 4,6
Assim como os colegas de Honda, faz um ano sofrível. Diferente do que aconteceu em 2020, quando até conseguiu alguns pódios para defender a honra da montadora na ausência do irmão, desta vez Álex está apagadinho, apagadinho e quase nem se nota a presença dele no grid.
22) Remy Gardner – 4,8
Outro que não conseguiu mostrar a que veio na primeira parte da temporada da MotoGP 2022. Com só nove pontos conquistados até aqui, também tem o destino incerto no campeonato e precisa mostrar muito mais para fazer jus ao rótulo de campeão da Moto2 que carrega nas costas.
23) Miguel Oliveira – 5,5
Com exceção de uma boa vitória na Indonésia, o português pouco fez na temporada. Conseguiu uma performance para lá de regular entre os GPs da Itália e da Holanda, mas nada muito expressivo para fazer subir a nota.
24) Jorge Martín – 6
Além das dificuldades iniciais da GP22, o espanhol teve problemas físicos que dificultaram a atuação em 2022. Mesmo assim, conseguiu dois pódios e segue na briga por um lugar na equipe de fábrica da Ducati em 2023. Até aqui, porém, fez menos que Bastianini no ano.
25) Marc Márquez – 7,1
Marc Márquez sequer correu todas as provas, mas levou a melhor nota entre todos os pilotos da Honda. Pois esse é o nível do espanhol. Mesmo quebrado — já que o braço direito seguiu causando problemas, daí a necessidade de uma quarta cirurgia —, ele ainda aparece na tabela como o melhor piloto a bordo da RC213V, em 13º.
Marc não foi AQUELE Márquez de sempre, mas ele mais ou menos ainda é bastante bom.
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