Marc Márquez descarta pódio no Catar e diz: “Não se constrói casa começando pelo telhado”

Às vésperas da estreia na Gresini, Marc Márquez avaliou que tem muitas perguntas sem resposta sobre a própria performance e defendeu que é hora de pensar pouco a pouco. Espanhol voltou a falar que o objetivo é recuperar a competitividade

Marc Márquez descartou um pódio na abertura da temporada 2024 da MotoGP. O espanhol avaliou que precisa caminhar passo a passo e disse não se sentir pronto para alcançar um top-3 ou uma vitória.

Depois de 11 temporadas com a Honda, Marc optou pela equipe de Nadia Padovani para ter equipamento Ducati e, assim, entender se ainda poder ser competitivo na MotoGP.

“Minha meta é tentar me sentir competitivo outra vez, aí vou sorrir e ter motivação para forçar e seguir”, disse Márquez. “As expectativas são super altas, mas eu sei pelo que passei nos últimos quatro anos. Preciso de tempo. Não tenho pressa”, acrescentou.

“Não pretendo vencer desde o início, pois seria um enorme erro, especialmente porque não venci uma única corrida [desde o GP da Emília Romanha de 2021]”, garantiu.

Marc Márquez segue pregando cautela após saída da Honda (Foto: Gold & Goose/ Red Bull Content Pool)

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O #93 colocou Francesco Bagnaia, Jorge Martín e Enea Bastianini como as referências dentro da Ducati e destacou que ainda precisa se adaptar à nova moto.

“Agora eu chego a uma fábrica que tem dois ou três caras, principalmente Pecco, Martín e Bastianini, que estão pilotando a moto super-rápido, super bem. Preciso aprender com eles e me adaptar”, defendeu.

Assim como já fez antes, Márquez lembrou que todo atleta tem um auge e depois perde performance e, mais uma vez, tentou controlar as expectativas.

“Não podemos esquecer que todo atleta tem seu momento e aí começa a cair. Aí você precisa trabalhar mais e mais duro para manter um nível”, frisou. “Caras jovens chegam, como Fabio [Quartararo] no primeiro ano dele, agora Pedro [Acosta], Pecco e Martín, que estão pilotando rápido. Então preciso aprender com os mais jovens e tentar manter o nível pelo maior tempo possível”, avaliou.

Questionado se a queda de performance já chegou, Marc respondeu: “Vou entender esse ano. Ano passado, eu estava sofrendo, mas, mesmo assim, fui a primeira Honda. Durante sete anos, venci seis campeonatos e fui terceiro no outro ano”.

“2020 mudou a minha vida. Desde então, tem sido um pesadelo. Foram quatro anos muito difíceis. E agora eu pretendo responder muitas perguntas que tenho a mim mesmo”, avisou. “Por isso, preciso de tempo. Não preciso responder todas as perguntas na primeira corrida. Preciso ir passo a passo. Como fiz na pré-temporada. Se terminar alguns dias em 14º, não vou entrar em pânico”, assegurou.

“A única coisa que quero é me sentir competitivo outra vez, mas isso não significa vencer o campeonato, significa lutar por posições no top-5 ou 6”, apontou. “É isso que eu quero, mas não logo de cara, na primeira corrida. Não dá para construir uma casa começando pelo telhado”, disparou.

Por fim, Márquez descartou a possibilidade de conquistar um pódio já no GP do Catar deste fim de semana.

“Me sinto confortável, mas não estou pronto para lutar pelo pódio, não estou pronto para lutar pela vitória. Passo a passo, precisamos criar uma base e tentar entender onde estamos durante o fim de semana”, encerrou.

GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do GP do Catar, em Lusail, da MotoGP e das classes menores do Mundial de Motovelocidade na abertura da temporada 2024.

Confira o guia da MotoGP para a temporada 2024. Acesse aqui (Arte: Thiago Rocha)

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