Foggia domina e vence na Moto3 na Tailândia. Guevara é 5º e García é derrubado

Dennis Foggia conseguiu segurar a alta pressão de Ayumu Sasaki para triunfar no GP da Tailândia de Moto3. É seu quarto triunfo no ano, que o leva à vice-liderança do campeonato

Dennis Foggia foi da pole-position para a vitória no GP da Tailândia de Moto3 — mas foi preciso de muito cuidado e paciência para isso. O italiano teve de lidar com um top-5 bastante competitivo e, sobretudo, a alta pressão de Ayumu Sasaki. Ele conseguiu, no entanto, se desvencilhar dos demais para sagrar o quarto triunfo no ano.

O japonês da MAX tomou a ponta a duas voltas do final, mas voltou a ser superado por Foggia. Ele, portanto, terminou em segundo lugar. Ricardo Rossi, que foi escalando aos poucos o pelotão, fecha o pódio.

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Foggia venceu na Tailândia (Foto: Leopard)

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Stefano Nepa e Izán Guevara aparecem atrás. Diogo Moreira chegou a lutar pelo top-3, mas foi caindo posições e terminou em sexto. Andrea Migno, Jaume Masià, David Muñoz e Ryusei Yamanaka completam o top-10.

Sergio García sofreu um duro golpe ainda na primeira volta, quando foi coletado por Adrián Fernández. O piloto da Tech3 sofreu um high-side e levou o piloto da Aspar junto.

Com o resultado, Guevara agora soma 265 pontos, 49 a mais do que Foggia, que passou García por sete pontos e se instalou na vice-liderança do Mundial. Sasaki é o quarto colocado, diante de Masià. Moreira aparece em décimo, com 84 pontos.

A Moto3 volta às pistas no próximo dia 13, para o primeiro dia de treinos livres para o GP da Austrália, em Phillip Island. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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Saiba como foi o GP da Tailândia de Moto3:

Diferente do que originalmente indicava a previsão do tempo, a chuva não apareceu no domingo. Com o céu parcialmente nublado, a Moto3 alinhou no grid com a temperatura na casa dos 25°C e o asfalto chegando a marca de 37ºC. A umidade relativa do ar estava em 95%, com o vento soprando a 7 km/h no sentido norte.

Para este GP, a escolha de pneus foi quase uniforme. Na traseira, todos causaram os pneus macios. Na dianteira, a maioria também quis o macio, com exceção de Ayumu Sasaki, Stefano Nepa, Andrea Migno, Kaito Toba e Tatsuki Suzuki, que optaram por correr com os Dunlop duros.

Dono da pole — a primeira da Honda em Buriram —, Dennis Foggia tracionou bem na largada e conseguiu manter a ponta, com Stefano Nepa mergulando na curva 1 para tomar o segundo posto, diante de Jaume Masià, Diogo Moreira e Ayumu Sasaki.

Largada da Moto3 em Buriram (Vídeo: MotoGP)

Esse primeiro grupo de cinco pilotos rapidamente descolou do pelotão, com Sasaki passado Moreira para se instalar na quarta colocação. Ayumu, aliás, logo avançou para segundo.

Ainda no início da corrida, Sergio García caiu na curva 12 em um incidente com Augusto Fernández, que sofreu um high-side e acabou coletando o piloto da Aspar com o próprio corpo. O piloto da Aspar ainda conseguiu voltar para a corrida, mas apenas no fundo do pelotão.

Foggia conseguiu se afastar um pouquinho do grupo, com Sasaki logo partindo para cima de Nepa pela segunda colocação. Moreira vinha pressionando David Muñoz, que tinha chegado no grupo para ocupar o quarto posto. O brasileiro passou e tomou a posição e, na sequência, tirou de Nepa o terceiro lugar, mas teve de lidar mais uma vez com a pressão de Muñoz.

Neste início de disputa, a cronometragem da prova não estava funcionando, dificultando não só a localização dos pilotos, mas também a contagem das 22 voltas da corrida.

Foggia permanecia na liderança, pressionado por Sasaki. Masià era o terceiro, seguido de perto por Muñoz e Moreira. Pouco depois, Jaume errou na curva 6 e escapou da trajetória, facilitando a passagem dos dois rivais.

Fernández e García caíram no início da prova (Foto: MotoGP)

John McPhee sofreu uma queda ao perder a dianteira na curva 5, mas escapou de lesões e conseguiu voltar para a corrida.

Riccardo Rossi também conseguiu chegar no primeiro grupo e passou Moreira para tentar pressionar Muñoz pelo terceiro posto em Buriram.

Na sequência, Tatsuki Suzuki teve de abandonar a disputa por causa de um problema mecânico. O japonês ficou lento e partiu para a área de escape para se recolher.

Aproveitando muito bem o vácuo, Rossi subiu para a segunda colocação, assumindo a caçada a Foggia. Contudo, Sasaki conseguiu recuperar o posto, com Muñoz aparecendo para se manter na briga. Moreira também deu o bote em Riccardo, ocupando o quarto posto. Masià era o sexto.

Quando a cronometragem finalmente foi restabelecida, restavam 13 voltas para o fim. A vantagem de Foggia era 0s272 em relação a Sasaki, com Muñoz, Moreira, Rossi e Masià vindo atrás. Líder do Mundial, Izán Guevara era o sétimo, enquanto García tinha apenas a 25ª e última posição.

Guevara, então, foi ao ataque e entrou na briga do primeiro pelotão. O piloto da Aspar chegou a passar Masià, mas logo voltou para a sétima colocação, pressionado por Deniz Öncü, que corre lesionado por um tombo no warm-up do GP do Japão.

Diogo tomou o terceiro posto de Muñoz, colado em Sasaki, que tinha se afastado um pouco de Foggia. Muñoz, porém, não entregou os pontos e voltou a tomar a posição do brasileiro.

Na ponta, Foggia errou na 12 e perdeu a liderança da corrida para Sasaki pela primeira vez na corrida na volta 13. O piloto da Leopard, porém, reagiu logo e retomou o comando, abrindo vantagem mais uma vez. Rossi agora era o terceiro, diante de Muñoz e Moreira.

Sasaki aproveita erro de Foggia e toma a liderança (Foto: MotoGP)

Öncü, aliás, teve de cumprir uma volta longa por exceder os limites da pista e acabou descendo para 12º.

Com sete voltas para o fim, Moreira também surgiu bem descolado do primeiro pelotão, cedendo mais de 2s em relação a Muñoz, que seguia em quarto. Mais atrás, Masià perdeu a frente na curva 5 e quase derrubou Guevara. Jaume desceu para nono.

Com duas voltas para o fim, a briga pela quarta colocação seguia intensa. Guevara ocupava o posto, mas pressionado de perto por Nepa, Muñoz, Migno, Ryusei Yamanaka e Moreira.

Foggia abriu a volta final com mais de 1s de frente em Buriram. Atrás, Muñoz e Guevara se tocaram mais uma vez, com o líder do Mundial descendo para sétimo.

Na bandeirada, Muñoz errou e facilitou o caminho de Nepa ao quarto posto, diante de Guevara e Moreira. Migno ficou em sétimo, com Masià em oitavo.

Moto3 2022, GP da Tailândia, Chang, Corrida:

1D FOGGIALeopard Honda37min52s33122 voltas
2A SASAKISterilgarda Max Husqvarna+1.524 
3R ROSSISic58 Honda+2.804 
4S NEPAAngelus MTA KTM+9.414 
5I GUEVARAAspar GasGas+9.527 
6D MOREIRAMSI KTM+9.971 
7A MIGNOSnipers Honda+9.610(P)
8D MUÑOZBoe SKX KTM+10.033 
9J MASIÀRed Bull KTM Ajo+10.046 
10R YAMANAKAMSI KTM+10.088 
11D HOLGADORed Bull KTM Ajo+14.571 
12J KELSOCIP KTM+23.432 
13C TATAYPrüstel GP CFMoto+23.763 
14X ARTIGASPrüstel GP CFMoto+23.842 
15S OGDENVisionTrack Honda+23.868 
16L FELLONSic58 Honda+24.232 
17D ÖNCÜTech3 KTM+24.055 
18E BARTOLINIAvintia KTM+40.092 
19V PÉREZSnipers Honda+40.094 
20I ORTOLÁAngelus MTA KTM+40.228 
21M AJITeam Asia Honda+40.366 
22A CARRASCOBoe SKX KTM+43.876 
23J WHATLEYVisionTrack Honda+48.480 
24N CARRAROAvintia KTM+54.747 
25T FURUSATOTeam Asia Honda+1:23.423 
26S GARCÍAAspar GasGasAbandonou 
27T SUZUKILeopard HondaAbandonou 
28J MCPHEESterilgarda Max HusqvarnaAbandonou 
29K TOBACIP KTMAbandonou 
30A FERNÁNDEZTech3 KTMAbandonou 

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