GUIA 2024: Morbidelli ganha chance de ouro, mas chega a Pramac com futuro sob ameaça

Depois de duas temporadas bastante ruins com a Yamaha, Franco Morbidelli ‘caiu para cima’ ao assegurar uma vaga na Pramac em 2024. Mas a sorte parou por aí. Um forte acidente em um teste privado tirou o #21 de toda a pré-temporada e, para pior, ele já estreia com o lugar ameaçado, uma vez que Fermín Aldeguer é um alvo da Ducati

FRANCO MORBIDELLI GANHOU UMA CHANCE DE OURO NA MOTOGP, mas a oportunidade na Pramac chega acompanhada de muita pressão. Com apenas um ano de contrato, o ítalo-brasileiro desembarca na equipe já tendo de mostrar serviço. Mas, ao menos por enquanto, o único lance de sorte foi ‘cair para cima’ ao trocar a Yamaha pela primeira da fila entre as equipes satélites da Ducati.

Depois de brilhar com a extinta SRT, Morbidelli foi escalado para a equipe de fábrica da Yamaha. Mas o processo foi todo conturbado, já que precisou assumir a posição ao lado de Fabio Quartararo em meados da temporada — após uma saída tumultuada de Maverick Viñales — e voltando de uma séria lesão no joelho. Mas, mesmo quando entrou em forma, o #21 nunca se entendeu perfeitamente com as versões mais recentes da YZR-M1 — que se tornou mais e mais arisca com o passar dos anos.

Assim, sem nenhuma surpresa, Morbidelli não teve o contrato com a casa de Iwata renovado e foi substituído por Álex Rins, que tinha encontrado abrigo na LCR Honda após a retirada da Suzuki da MotoGP. O futuro do piloto nascido em Roma, então, passou por um período de incertezas, mas, mesmo com a performance apagada, a Pramac o escolheu como substituto de Johann Zarco, que partiu para LCR — depois, porém, da recusa de Marco Bezzecchi de trocar a VR46, mesmo ao custo de não ter a moto atualizada.

Prioritária entre as equipes satélites da Ducati, a Pramac tem moto do ano e, assim, Franco terá nas mãos a Desmosedici GP24, a mesma moto de Francesco Bagnaia, Enea Bastianini e Jorge Martín. Mas a sorte acabou na assinatura do contrato.

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Franco Morbidelli perdeu toda a pré-temporada (Foto: Pramac)

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Antes mesmo da virada do ano, Fermín Aldeguer, que se destacou na reta final da temporada 2023 da Moto2, virou um alvo da Ducati e já é uma sombra no futuro de Morbidelli.

Mas não é só isso. Dias antes do início da pré-temporada, Morbidelli sofreu uma forte queda em um teste privado que uniu os pilotos da marca de Bolonha aos do Mundial de Superbike. O filho de uma brasileira do Recife apagou no tombo, como relataram os irmãos Álex e Marc Márquez, que deram o primeiro socorro ao colega de profissão.

Franco foi hospitalizado e, ainda que os exames não tenham identificado lesões, o integrante da Academia de Pilotos VR46 foi barrado não só dos testes da Malásia, mas também da bateria do Catar. Ou seja, vai abrir a temporada quase que no escuro no que diz respeito ao entrosamento com a moto.

Mesmo sem poder guiar, Morbidelli viajou a Lusail para acompanhar a bateria de testes. O piloto contou que estava bem, mas explicou que uma nova pancada na cabeça seria perigosa e, por isso, o tempo longe da moto.

Ainda assim, Franco apostou no bom desempenho da Desmosedici e se mostrou confiante em abrir o campeonato com o pé direito.

E não resta outra alternativa. Em um ano onde muitos pilotos vão renegociar contratos, não há tempo para enrolar. É preciso entrar na pista e se vestir de protagonista.

Confira o guia da MotoGP para a temporada 2024. Acesse aqui (Arte: Thiago Rocha)

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