Yamaha admite “pouca melhora” em 2 ou 3 anos: “Problemas eram sempre os mesmos”

Chefe da Yamaha, Massimo Meregalli assumiu que a YZR-M1 pouco mudou ao longo dos últimos dois, três ou até quatro anos. Dirigente ressaltou que a equipe conseguia iniciar bem o ano pelo conhecimento da moto, mas, uma vez que os rivais pegassem a mão dos novos protótipos, não restava nada à casa de Iwata

Chefe da Yamaha, Massimo Meregalli assumiu que a YZR-M1 pouco evoluiu ao longo dos últimos dois, três ou até quatro anos. O dirigente avaliou que a equipe conseguiu começar bem os últimos campeonatos por causa da experiência que tinha com a moto, mas, uma vez que a concorrência conseguia uma base dos novos protótipos, não restava nada para a casa dos três diapasões.

A Yamaha teve um ano bastante apagado na MotoGP. A marca japonesa conseguiu derrotar apenas a Honda para fugir da lanterna do Mundial de Construtores, mas somou 504 pontos a menos do que a campeã Ducati.

A performance é um contraste significativo em relação ao vice-campeonato do ano passado, quando Fabio Quartararo disputou o título com Francesco Bagnaia até a última corrida. Desta vez, porém, o francês de Nice não conseguiu nenhuma vitória, fez só três pódios e fechou o ano na décima colocação, 295 pontos atrás do agora bicampeão Bagnaia.

“Sem sombra de dúvidas, foi a pior temporada desde que estou na MotoGP. E também foi longa, com as corridas sprint e os resultados ruins”, disse Meregalli em entrevista ao site italiano ‘GPOne’. “Infelizmente, nós percebemos logo no início que a situação seria difícil e, em determinado momento, a única coisa que tentamos dentro da equipe foi não reclamar, mas tentar otimizar o que tínhamos o máximo possível, mesmo que já tivesse sido otimizado no ano anterior”, seguiu.

Meregalli reconheceu falta de evolução da Yamaha (Foto: Reprodução)

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Meregalli avaliou que os bons inícios de temporada dos últimos anos não foram resultado de uma melhora da M1, mas sim do fato de que a equipe conhecia muito bem o protótipo, enquanto os adversários ainda tentavam pegar a mão das novas motos.

“Nós, de repente, nos vimos nessa situação, mas já vínhamos melhorando pouco há dois ou três anos, talvez quatro. Os problemas eram sempre os mesmos”, assumiu. “Vencemos em 2021, pois começamos forte, enquanto nossos rivais tinham motos novas para entender, mas sofremos na segunda parte do campeonato. A mesma coisa aconteceu no ano passado: tiramos vantagem do fato de que conhecíamos nossa moto muito bem. Mas, quando nossos rivais encontraram uma base, não tínhamos mais nada”, assumiu.

“Conseguimos esconder nossos limites nos últimos dois anos, pois os demais tiveram problemas no início, mas, nesta temporada, eles todos começaram fortes, com motos competitivas, e nós tivemos de encarar a realidade”, ponderou.

A temporada ruim levou a uma mudança de pensamento dentro da Yamaha, que passou a entregar novidades aos pilotos, mesmo que as atualizações não tivessem passado pelo crivo da equipe de testes.

“Nós fomos bem ao encarar cada GP como uma nova corrida. Felizmente, alguns pódios vieram e trouxeram entusiasmo. Em nível pessoal, foi muito difícil sair de casa sabendo que, a menos que algo especial acontecesse, seria outro fim de semana difícil”, contou. “No fim desta temporada, no entanto, começamos a testar alguma coisa para o próximo ano. Também corremos alguns riscos, pois a Yamaha não está habituada a dar aos pilotos algo novo que não foi testado ainda pelos pilotos de teste. Não tínhamos nada a perder e tentamos antecipar alguma coisa. No fim, houve alguma melhora nas últimas corridas. Agora, espero começar em Sepang um pouco mais adiante do que finalizamos em Valência”, encerrou.

MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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