Dovizioso lamenta objetivos inalcançados, mas diz que “foi certo tentar” com Yamaha
Italiano agradeceu oportunidade de ter um acordo de fábrica com a Yamaha e a defendeu escolha de voltar a guiar a YZR-M1 quase dez anos após a passagem pela Tech3. O italiano não escondeu, porém, a decepção com os resultados
Andrea Dovizioso optou por abreviar a passagem pela Yamaha, mas nem por isso se arrepende de ter tentado a sorte em cima da YZR-M1. O italiano de 36 anos lamentou que os objetivos não tenham sido alcançados em 2022, mas considerou que a união com a casa de Iwata foi uma “experiência de vida muito importante”.
A Yamaha anunciou nesta quinta-feira (4) que Andrea vai antecipar a aposentadoria e encerrar a carreira na MotoGP no GP de San Marino e da Riviera de Rimini, em Misano, em 4 de setembro. Antes das férias, o italiano já tinha confirmado que não seguiria na classe rainha em 2023.
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Dovi já tinha guiado a moto dos três diapasões em 2012, na época pela Tech3, mas deixou a equipe de Hervé Poncharal para ser titular da Ducati, onde escreveu a parte mais importante da carreira, conquistando três vezes o vice-campeonato da MotoGP. No fim de 2020, a relação com a casa de Bolonha chegou ao fim e o italiano de Forli optou por um ano sabático, mas sempre insistindo que voltaria ao grid em 2022.
O cenário, contudo, só deixou de ser improvável por conta da inesperada saída de Maverick Viñales da Yamaha. Com o espanhol fora, Franco Morbidelli foi puxado para a equipe oficial de Iwata e, assim, Dovi foi resgatado para defender a RNF, voltando à ativa ainda no fim do ano passado. Desde o retorno, porém, a forma nunca foi a mesma dos tempos de Ducati.
Nas 11 corridas disputadas até aqui, Andrea somou apenas dez pontos e aparece atrás até mesmo de Darryn Binder na classificação, ainda que o estreante tenha a mesma pontuação.
“Em 2012, a experiência com a fábrica de Iwata na MotoGP foi muito positiva para mim e, desde então, sempre pensei que, mais cedo ou mais tarde, gostaria de ter um contrato oficial com a Yamaha”, contou Andrea. “Essa possibilidade se apresentou, de fato de uma forma um tanto ousada, em 2021. Decidi tentar, pois acreditava fortemente neste projeto e na possibilidade de me sair bem”, seguiu.
“Infelizmente, a MotoGP mudou profundamente nos últimos anos. A situação é muito diferente daquela época: nunca me senti confortável com a moto, e nunca fui capaz de fazer o máximo com o potencial dela, apesar da preciosa e continua ajuda da equipe e de toda a Yamaha”, exaltou. “Os resultados foram negativos, mas, apesar disso, ainda considero uma experiência de vida muito importante. Quando existem tantas dificuldades, você precisa ter a habilidade de controlar bem a situação e as suas emoções. Não atingimos os objetivos desejados, mas as conversas com os técnicos da Yamaha e da minha equipe sempre foram positivas e construtivas, tanto para eles quanto para mim. A relação permaneceu leal e profissionalmente interessante, mesmo nos momentos mais críticos: e não é tão óbvio que isso aconteça”, comentou.
“Por tudo isso e pelo apoio, eu agradeço a Yamaha, a RNF e todos os outros patrocinadores envolvidos neste projeto. Não saiu como esperávamos, mas foi certo tentar. A minha aventura vai terminar em Misano, mas a relação com todas as pessoas envolvidas neste desafio seguirá intacta para sempre. Obrigado”, encerrou.
A MotoGP agora entra em férias e volta à ativa apenas no dia 7 de agosto, com o GP da Grã-Bretanha, em Silverstone. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.
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